terça-feira, 16 de junho de 2015

Conversa de Maluco


Diálogo 1

Das afirmativas do Marquinho





Queridos amigos caxienses Você fique bem ligado no que eu vou escrever Toco cara que chora é porque paga Eu não pago porra nenhuma porque ninguém me manda Eu não tenho puto nenhum resolvendo meu destino Eu só faço o que eu quero não pago porra nenhuma O ser humano tem que aprender a não ter medo Eu não tenho medo de nada nem ge ninguem O cara trabalha uma porrada de anos descontando uma parte do seu salário pra quando ficar velho ficar numa boa Ai tu se aposenta e não recebe nem a metade Sabe o que voces são são babacas Nego te rouba a vida inteira e tu fica com cara de bundão não dá paulalada nem porrada fica com cara de bundão Aí quando tu tá bem fudido tu vai pra igreja pra eles te roubar mais Agora pensa direitinho e vê se eu não estou certo Muda irmão para der ter medo tu vai morrer de qualquer jeito fica com medo não Não liga para o que vão pensar de você seja macho Até os Homossexuais estão reagindo e tu que diz que muito macho enfia o rabo na bunda e fica quietinho na maior covardia do mundo mete a cabeça vamos reagir Sabia porque existe rei? Poque tem frouxo pra caralho Quaquer coisa macacada é comigo m,esmo

Texto Original de Marquinho Maluco Bomfim


Verdades, verdadeiras do Marquinho





Marquinho, ótimas palavras.

Muito medo e frouxidão.
Todos quietos, obedecendo.
Os bancos roubando descaradamente e com amargo na garganta, os juros e taxas, vão todos pagando.
Os alimentos pela hora da morte e a covardia abate a maioria que acredita que o tomate promove a vilania;
Os impostos sendo transformado em champanhe e caviar e o povo temendo o terror de ter que se manifestar.
E aí muitos falam: “de quebra-quebra, arruaça, baderna, não vou participar”
E pelas ruas vai sendo acharcado com as contas do Detran, IPTU, Light, Cedae e similar.
E a aposentadoria, lugar de segurança e conforto, depois de árduos anos de trabalho, se transformando em cheque em branco, os tostões da viúva, para alimentar a ganância de empresários inescrupulosos e políticos comprados pelos bolsos daqueles que consideram que melhor sabem administrar o erário público e os recursos da previdência.
Então, com o dinheiro suado das aposentadorias, eles investem em transamazônica, pontes sem mar ou rio, emprestam aos banqueiros, frigoríficos e mineiros aventureiros, desviam para empresas de empreiteiros, pagam aos ruralistas máquinas, equipamentos e sementes para derrubar o cerrado e as florestas eficientemente.
E os covardes, tomados pelos receios e fobia, vão se lascando a cada dia.
Cegos querendo acreditar que em um milagre tudo vai mudar.
E que, de uma hora para outra, seus esforços serão reconhecidos e que os políticos vão deixar de ser bandidos, e o empresário que corrompe o fiscal, atrasa obra e troca de material irá se transformar no empregador salvador, daqueles que agradece seu laborioso valor.
O temeroso crente, às vezes, discursa no vazio de suas conjecturas e para não se mostrar derrotado, faz o debate raso e popular das poucas leituras, e afirma que sonha com escolas melhores, como o lugar de alegria, criatividade e esperança.
O pobre diabo tem filhos e reconhece que a escola dos burocratas está falida e que virou balcão de ilusão. Se pública, na sua maioria, servindo de estágio para as prisões; se particular, estágio para auxiliar de função.
O infeliz não grita, mas acredita que um dia o professor será respeitado, seu esforço dignificado e a educação um ritual de democratização do amor será universalizada.
E em meio a escuridão, os mais covardes se transformam em delatores, fiéis acusadores, tomados pelo horror da descrença de seus corações.
Neste instante, só os insanos e os imprudentes, os loucos desgarrados do cotidiano condenado, conseguem ascender a chama da libertária ação.
Digo-te Marquinho Maluco, o desajuizado é aquele que não está sob a lei do obediente e sensato otário.
Teu sobrinho, Prates!




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